Segundo balanço anual da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), as fontes solar e eólica aumentaram sua participação na matriz elétrica brasileira entre 2023 e 2024, enquanto a presença das hidrelétricas teve uma leve redução relativa. O dado faz parte do estudo “Cenários do Mercado Brasileiro de Energia – Balanço 2024“, que mostra uma matriz cada vez mais renovável e diversificada.
Mudanças na composição da matriz
De acordo com os dados da CCEE, a geração total de energia elétrica no Brasil atingiu 72.378 MW médios em 2024, crescimento de 3,1% em relação a 2023. Apesar do aumento absoluto da geração hidroelétrica, a sua participação relativa diminuiu, abrindo espaço para a consolidação de fontes como a solar fotovoltaica e a eólica.
Em 2023, as fontes renováveis representavam 93,1% da geração total. Em 2024, mesmo com a elevação geral da produção, essa participação recuou levemente para 91,2%, refletindo também uma maior presença de fontes não renováveis no mix energético.

Impactos esperados e desafios regulatórios
A maior penetração da energia solar e eólica traz novos desafios para o setor, como a gestão da intermitência, a integração ao sistema interligado e o aumento da incidência de curtailment em determinadas regiões. Além disso, a transição para uma matriz mais diversificada exige ajustes regulatórios para garantir previsibilidade aos agentes e segurança ao sistema.
Esse cenário também abre espaço para soluções como sistemas de armazenamento, uso de baterias e modernização das redes de transmissão, capazes de mitigar os efeitos da variabilidade na geração.
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Victor Antonioli de Moura é Engenheiro Eletrônico pelo Instituto Mauá de Tecnologia e Mestrando em Engenharia Elétrica pela Unicamp. Com 15 anos de experiência em energia fotovoltaica e eficiência energética, atuou em grandes distribuidoras e fabricantes de painéis solares e sistemas de iluminação. Atualmente, é Gerente de Suporte Técnico da Sunova Brasil.